Um Problema Global e Nacional
A cada 12 minutos, uma vida é perdida para a DPOC no Brasil – uma doença que pode ser prevenida, diagnosticada e tratada.
Conforme dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) é uma das condições de saúde que mais impactam a população mundial. Em 2019, a doença foi responsável por 3,23 milhões de mortes, consolidando-se como a terceira principal causa de óbitos no mundo, superando diversas outras condições de saúde.
Bahia, 2020

A DPOC é também a sétima principal causa de morbidade global, afetando cerca de 384 milhões de pessoas ao redor do mundo. A prevalência global da doença é de 15,7% em homens e 9,93% em mulheres, sendo mais acentuada na região das Américas, onde fatores de risco, como o tabagismo, a poluição do ar e condições socioeconômicas, são prevalentes.
WHO, 2024
A Realidade da DPOC no Brasil
No Brasil, a DPOC também representa um grave problema de saúde pública. Ela ocupa a quinta posição entre as causas de morte em todas as idades, destacando-se como uma das principais causas de mortalidade no país. Entre 2010 e 2018, foi registrada uma taxa média anual de mortalidade de 51,5 óbitos por 100 mil habitantes, evidenciando a gravidade e o impacto da doença na população.
A prevalência da DPOC no Brasil é estimada em cerca de 17% entre pessoas com mais de 40 anos, refletindo a alta carga da doença nessa faixa etária. No entanto, há grandes disparidades regionais no país:
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A região Centro-Oeste apresenta a maior prevalência, com 25% da população afetada.
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A região Sul, por outro lado, registra a menor prevalência, com 12%.
A DPOC representa um grande desafio também para o sistema de saúde do Brasil. Além das mortes e hospitalizações associadas à doença, muitos casos permanecem subnotificados. Cerca de 85% das pessoas afetadas não possuem diagnóstico, sendo que:
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50% estão em estágio moderado.
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68% apresentam exacerbações frequentes, com complicações graves que poderiam ser prevenidas ou controladas com tratamento adequado.
A DPOC é atualmente a quinta principal causa de internação no Sistema Único de Saúde (SUS), com cerca de 200.000 hospitalizações anuais. O custo médio de uma internação gira em torno de R$ 2.761,10, totalizando um gasto anual aproximado de R$ 72 milhões.
DataSUS, 2021